
Rebuscadas palavras... o seu sentido repensado um milhão de vezes na fracção de segundo que a minha impulsividade o permite.
Onde está ? Diz-me... mostra -me, não me a tires porfavor...
Silêncio?? Não, sabes que não, esse não me dá o que quero, se bem que consegue nos meandros da loucura, por entre incertezas ter um leve travo a desgraça.
Letras e mais letras, salteadas com bastantes reticências,como sabes que gosto, porque não finitam nada... fica tudo a pairar no ar, talvez seja vício criado por te ter tido, contigo nada é permanentemente permanente, mas contudo tudo é tão obstinávelmente seguro...
Busco, rebusco, vou até ao limite da pseudo sanidade, exponho a humilhação, digo que já não me importo... espero...
Julguei por momentos ter a certeza derradeira da frase que irias proferir...
E era tão docemente duro e cruel, o seu som...
E tu???
Nada.
Deste-me o nada em troca de escárnio provocatório, de sarcasmo e ironia...
Não era essa frase... essas palavras...
Fiquei novamente agarrada a essa puta de sedas brancas e cabelos ao vento, a esperança...
Aqui no meu Reino de Sacrilégio, onde eu Profana Deusa de todas as Imperfeições, pudesse eu ter sob meu domínio essa tua democracia de verdades...
Do alto do meu trono feito de vermes das mentiras, de pedaços de homens bestas e mil monstros de podridão, diria:
"TRAGAM-ME DOR SERVIDA EM SALVA DE PRATA!"
E todos dançariam valsas mórbidas ao som dos meus lamentos animais, e eu morreria e então seria feliz...
Profana
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